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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Globalização amplia mercado de trabalho para Tradutor e Intérprete

 Fonte: Fábio Porto Silva da Folha de S.Paulo.

Se o avanço das telecomunicações e o aumento do intercâmbio cultural fizeram com que hoje as pessoas tivessem mais conhecimento em idiomas estrangeiros do que no passado, o serviço de tradutor tem mais demanda justamente pelo aumento da circulação de informações pelo mundo, resultado da globalização. O acesso à internet e o número cada vez maior de suportes digitais, como filmes, CD-Roms e DVDs, que chegam do exterior também aumentam consideravelmente a demanda por profissionais de tradução. “O mercado está aberto e a constante globalização torna essencial a atuação do tradutor"Não só o inglês, mas também outros idiomas, se difundiram muito", afirma Francisco Gilberto Labate, presidente da Atpiesp (Associação Profissional dos Tradutores Públicos e Intérpretes Comerciais do Estado de São Paulo).A atividade hoje é dividida entre as traduções orais, atribuição do intérprete, e as de texto. Na tradução oral, há a chamada tradução simultânea, ou a interpretação de conferências, em que a tradução do palestrante é feita em tempo real. Outra possibilidade é a tradução consecutiva, intercalada com a fala. "Essa é uma habilidade que requer condições psicológicas específicas. A pessoa trabalha em tempo real e tem que ter técnicas de anotação e recursos de memória bem desenvolvidos", afirma João Azenha Júnior, diretor do Citrat (Centro de Tradução e Terminologia) da USP (Universidade de São Paulo) e tradutor de mais de 30 livros, entre eles o best-seller "O Mundo de Sofia". Entre as atribuições mais bem pagas do tradutor estão as traduções simultâneas, de textos técnicos, de softwares e a tradução juramentada. Em média, a remuneração é de R$ 5.000 mensais. Hoje não é necessário ter graduação em tradução e interpretação para poder exercer a profissão. O Sintra (Sindicato Nacional dos Tradutores) quer tentar regulamentar a profissão, com a proposta da obrigatoriedade da graduação em línguas. Um dos objetivos, segundo o presidente, Guilherme Abrahão, é impor o pagamento de direitos autorais também aos tradutores."Prefiro contratar um médico e formá-lo como tradutor a contratar um tradutor e formá-lo como tradutor de medicina", diz Fuad Azzam, tradutor público, técnico e proprietário da Intercom Traduções Técnicas, empresa especializada em traduções para engenharia e medicina. Na sua empresa, há médicos e engenheiros, mas ninguém formado em tradução. Segundo José Rubens Jardilino, diretor do departamento de educação da Uninove (Centro Universitário Nove de Julho), o curso de tradutor e intérprete tem-se adequado às demandas do mercado nos últimos anos. "Essa idéia dos cursos serem destinados a área literária está mudando."A professora Cláudia Xatara, coordenadora do curso de graduação de tradutor da Unesp (Universidade Estadual Paulista), do campus de São José do Rio Preto (SP), acredita que dominar um idioma não é suficiente para exercer a profissão. "A tradução é uma criação, cujas frases e construções têm significados."Para Azenha, o curso de graduação só é eficaz se o aluno ingressar com bons conhecimentos da língua estrangeira, pois acredita ser impossível desenvolver a habilidade de tradução simultaneamente à da aquisição da língua. "A pessoa pode ter vasto conhecimento técnico da área e do idioma e fazer um texto ininteligível em português."A tradutora Maria Luiza Borges, indicada para o prêmio Jabuti deste ano pela tradução de "Alice no País das Maravilhas", de Lewis Caroll, é formada em psicologia e nunca fez curso de tradução. Ela já traduziu cerca de 50 livros. "É comum a pessoa não saber falar ou escrever bem no idioma estrangeiro e fazer boas traduções. O fundamental é o português e é onde a maioria dos livros traduzidos pecam.

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